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A Polícia Civil de Alagoas conta, agora, com mais uma ferramenta em busca da identificação de criminosos e combate à criminalidade, a partir da criação do Núcleo de Identificação Criminal (NIC), que já funciona em regime de plantão de 24 horas, na sede da Central de Flagrantes I, situada na Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol.
A iniciativa resulta de uma parceria da instituição policial e a Perícia Oficial, e utiliza equipamentos e o banco de dados do Instituto de Identificação (Sistema de Identificação Criminal – Sistema AFIS) para realizar consultas sobre pessoas presas que não apresentam documentos.
“A ferramenta é útil para identificar aqueles suspeitos que são detidos e informam outro nome à polícia. A partir da coleta de impressão digital, o sistema indica a identidade da pessoa já cadastrada”, explica o coordenador do NIC, Overlack Moura.
O Núcleo foi criado por meio de portaria, assinada pelo delegado-geral Paulo Cerqueira, e já funciona desde o final de dezembro do ano passado, utilizando pesquisas biométricas para a identificação dos suspeitos.
Além disso, também é feita a identificação civil de menores infratores, desde que o responsável apresente a certidão de nascimento original do menor apreendido. E como o sistema é vinculado ao Instituto de Identificação, no caso dos documentos feitos com coleta digital, o cadastro passa a constar no banco de identificação.
Casos de suspeitos
Desde sua implantação, de acordo com Overlack Moura, já foi possível identificar corretamente cerca de uma dezena de suspeitos sem documentos que tentaram enganar a polícia, informando nome incorreto na hora da elaboração do flagrante.
Um dos casos chamou a atenção: um homem de 34 anos foi preso, no dia 4 deste mês, acusado de roubar fios de alta tensão, na área da antiga loja do Bom Preço, na Rua Buarque de Macedo. Sem portar documentos, ele disse, ao ser autuado, chamar-se Luiz Carlos Alves da Silva.
Como a documentação não foi apresentada, o delegado plantonista Leonardo Assunção resolveu solicitar a consulta de identificação. Por meio da pesquisa biométrica, descobriu-se que o suspeito, na verdade, se tratava de Jailson Lima da Silva, e em sua ficha já constava sete ocorrências, de furto, tentativa de furto e arrombamento, além de um mandado de prisão por furto, expedido pela 2ª Vara Criminal.
Outro acusado do mesmo furto disse se chamar Douglas Alessandro Aquino Medeiros, mas seu nome correto é Douglas Alessandro da Silva.
“A ideia dessas pessoas que dão nome errado é de escapar das acusações, ou pelo menos não ser descoberto que eles já respondem por outros crimes”, explica Overlack Moura.
Ele informou que, atualmente, existe apenas o Núcleo da Central de Flagrantes I, em Maceió, mas já existe projeto para que novos núcleos sejam implantados nas duas outras centrais da capital, na central de polícia de Arapiraca e nas delegacias regionais (Novo Lino, Viçosa, União dos Palmares, Matriz de Camaragibe, Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos, Penedo, Santana do Ipanema, Batalha e Delmiro Gouveia).
Enquanto esses núcleos não são criados, o Núcleo da Central de Flagrantes I atende também as delegacias da Capital e do interior que estejam interessadas.
Para isso, o delegado deve enviar ofício, encaminhado à diretora do instituto de identificação, solicitando a consulta e levar também o preso àquela central.
Modelos do ofício pedindo a identificação criminal e laudo, como da identificação civil de menor, estão disponíveis na área “serviços” do site da Polícia Civil (pc.al.gov.br).
Fonte: PC/AL
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