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Uma guerra entre dois lados da Coreia marcou a quarta-feira (4) na CES, feira de eletrônicos em Las Vegas. Ainda bem, a batalha envolve só uma letrinha em uma sigla e divide duas potências do Sul: a LG e a Samsung. A primeira defende televisores finíssimos com tecnologia OLED; a segunda aposta nas cores superdefinidas do QLED.
Se depender da Samsung, o termo QLED vai entrar no dicionário de todos os vendedores de televisores 4K durante os próximos anos. A empresa apresentou a tecnologia nesta quarta. A televisão vai entrar na “era do QLED”, bradou Hyun Suk Kim, presidente do segmento de display da Samsung.
A tecnologia baseada em pontos quânticos, que já eram trabalhados em modelos anteriores, promete reproduzir 100% das variações de cores em todos os níveis de brilho. As imagens são as “mais fiéis à realidade” que existem uma tela atual, segundo Kim.
Com isso, a Samsung tenta se diferenciar da lançamentos em OLED (especialmente da conterrânea concorrente LG). As duas tecnologias são evoluções do LED que podem ter cores mais definidas.
A CES teve uma troca de alfinetadas nas apresentações da LG e da Samsung. A primeira, em seu evento, fez referência ao QLED como uma tecnologia inferior. Já a Samsung criticou o possível desgaste dos materiais orgânicos do OLED com o tempo.
Os primeiros aparelhos mostrados têm resolução 4K, 65 polegadas e opções de tela plana ou curva (chamados Q9 e Q8, respectivamente). Não há previsão de lançamento e preço no Brasil. Nos EUA, eles começam a ser vendidos em fevereiro deste ano.
Os modelos são integrados com o sistema de “smart hub” da Samsung, que conta com um novo aplicativo para smartphones, e novos serviços de conteúdo em Smart TV lançados pela companhia coreana (que não cobrem o Brasil), voltados para música e esporte.
Smartphones intermediários
A Samsung também mostra na CES novos modelos de sua linha Galaxy A: o A7 (tela de 5,7 polegadas), o A5 (5,2 polegadas) e o A3 (4,7 polegadas).
A linha Galaxy A é de aparelhos intermediários, com configurações um pouco abaixo dos Galaxy S. A CES tem menos foco em celulares e as empresas costumam deixar os lançamentos principais para o Mobile World Congress, em Barcelona.
Um dos principais destaques é que os três novos aparelhos têm câmeras de 16MP traseiras e frontais. Eles têm ferramentas facilitadas para selfie e a função Food Mode, que realça as cores em fotos de comida. Os aparelhos podem vir em cores preta, dourada, azul e pêssego.
O A7 e o A5 têm 32GB de memória embutida, e o A3 tem 16GB. O primeiro mercado a receber os aparelhos, ainda em janeiro, é a Rússia, com “expansão mundial durante o ano” - a empresa não especificou o Brasil.
A apresentação ao pior fiasco recente da Samsung: o Galaxy Note 7, que parou de ser vendido em outubro de 2016 após acidentes em que aparelhos pegaram fogo espontaneamente. O ano de 2016 foi “desafiador”, admitiu a empresa.
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