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O incentivo ao desenvolvimento de pesquisas voltadas às áreas de geotecnologia e geoinformação no Estado de Alagoas tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Isso se dá por conta do trabalho contínuo da Superintendência da Produção de Informação e Conhecimento (Sinc), ligada à Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag).
Não é a toa que diversos pesquisadores e representantes de instituições que trabalham diretamente com essa área têm elogiado o trabalho realizado pela pasta, principalmente após a realização do GeoAlagoas, simpósio que abordou assuntos pertinentes às geotecnologias e geoinformações e como elas influenciam os diversos setores socioeconômicos do Estado.
O chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Alagoas, Carlos Augusto Menezes, teceu elogios ao simpósio que está em sua quarta edição. Convidado para participar do encontro, o especialista falou um pouco da importância do trabalho que a Seplag vem fazendo para o impulsionamento e desenvolvimento da área para a região do nordeste brasileiro.
“É muito bom saber que o Estado, de modo geral, tem se preocupado com questões como essas. Sabemos que é de suma importância que esses assuntos sejam debatidos e, cada vez mais, aprofundados. Participamos desde a primeira edição do GeoAlagoas e percebemos que há um crescimento na produção de pesquisas e debates nesse sentido. Por isso, o IBGE é um grande parceiro e incentivador de projetos como esse”, pontuou Menezes, durante a solenidade de abertura, realizada na última segunda-feira (19).
E, de fato, esse crescimento citado pelo chefe do IBGE-AL é exponencial. Números da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc) revelam que a cada ano mais pessoas estão se envolvendo diretamente com o projeto. Em 2016, o simpósio superou as expectativas e tomou uma proporção considerada grandiosa. Foram 71 trabalhos de pesquisa científica de 10 estados brasileiros aceitos, centenas de participantes e diversas palestras presentes no cronograma, além de minicursos especializados, exposição de trabalhos científicos e de mapas.
“Eventos do porte do 4º GeoAlagoas são fundamentais para trazer visibilidade e mostrar, nacionalmente, que mesmo com as dificuldades e a falta de pessoal, Alagoas está desenvolvendo formas, produtos e tecnologias que visam propiciar a criação de ferramentas cartográficas e geoespaciais. Entendemos que é preciso fortalecer essa área em nosso Estado e, por esse motivo, a Seplag tem buscado levantar ações que contribuam com isso", pontuou Christian Teixeira, secretário titular da Seplag.
Pesquisa científica
Outro pesquisador que também falou um pouco sobre a importância do IV GeoAlagoas foi o major Rodrigo Wanderley de Cerqueira, graduado em Engenharia Cartográfica pelo Instituto Militar de Engenharia e especialista em Avaliação da Qualidade da Informação Geoespacial pela Universidade de Jaén, localizada na Espanha. Para ele, a realização desse tipo de encontro é fundamental por proporcionar a troca de experiências e o debate relacionado ao geoprocessamento.
“Nesta edição, escrevi um artigo que trata sobre a avaliação da acurácia temática de dados geoespaciais. O tema é importante, pois é trabalhada a relevância da qualidade para os dados cartográficos”, contou o pesquisador que apresentou o seu trabalho no segundo dia.
Para o superintendente da Sinc e responsável pela organização, Thiago Ávila, é gratificante perceber que o evento tem se tornado referência para estudiosos e instituições da área. Ele explica que o trabalho realizado pelo Governo do Estado tem possibilitado a criação de uma nova forma de pensar às áreas ligadas ao tema.
"É real que a cada ano temos reunido mais pessoas no simpósio. Há uma necessidade na integração de técnicos e gestores da esfera pública, privada e acadêmica em torno das discussões sobre o uso das Geotecnologias, especialmente na sua aplicação para fins de planejamento e desenvolvimento de ações e projetos em nível governamental. De fato, quando paramos para pensar sobre a importância do simpósio, sabemos que a temática envolve pontos fundamentais para a construção de uma nova Alagoas, como a criação de políticas públicas em áreas como a educação, defesa civil, agropecuária, planejamento urbano e rural e segurança pública”, finaliza o superintendente.
Para o secretário Christian Teixeira, Alagoas precisa de ideias criativas como essa, e de pessoas que pensem além, trazendo soluções inovadoras para o Estado. “O GeoAlagoas é uma forma de acreditar no conhecimento e mostrar que é a partir dele que se iniciam as mudanças que queremos para a nossa sociedade”, disse o gestor.
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