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12/11/2018 10:31
Brasil
Corpos de vítimas de deslizamento são velados em Niterói, RJ
dosa temia pedra e planejava se mudar. À tarde serão sepultados os corpos dos irmãos Arthur Caetano Carvalho, de 3 anos, e Nicole Caetano Carvalho, de 10 meses.
/ Foto: Fernanda Rouvenat/G1

Os corpos de Dalvina Martins, de 56 anos, e Marta Pereira Romero, 61 anos, foram velados no Cemitério do Maruí, em Niterói, na manhã desta segunda-feira (12). Dalvina, Marta e outras 13 pessoas morreram após deslizamento no Morro da Boa Esperança, em Piratininga, na madrugada de sábado (10).

 

 

À tarde serão sepultados os corpos de Arthur Caetano Carvalho, de 3 anos, e da irmã dele, Nicole Caetano Carvalho, de 10 meses. Arthur chegou a ser socorrido e levado para o hospital, mas não resistiu e morreu na tarde deste domingo (11). Com ele, chegou a 15 o número de vítimas da tragédia. Nicole, sua irmã caçula, de 8 meses, morreu no local do desabamento.

 

 

Cunhada de Dalvina, enterrada às 11h30, Rosângela Maria Freixo Espíndola disse que soube do que tinha acontecido pela televisão. Ao ouvir o nome da cunhada, ela entrou em contato com a família. "Eu estava vendo o 'É de Casa' e interrompeu pra dar a notícia do deslizamento. Me abalou muito. Eu estava sozinha em casa, me deu uma tremedeira. Quando falou 'Dalvina', só podia ser minha cunhada. É o morro onde ela mora, eu comecei a ligar pra família. Estou muito triste", disse Rosângela.

 

 

A gente normalmente vive a tragédia pela TV, a gente sente a dor dos outros. Quando a gente vive a tragédia, a gente tem dimensão do que que é isso. Às vezes você se coloca no lugar do outro. Quantas famílias um dia passaram por isso? Agora é a nossa família que está sofrendo.

 


— Renata Marinhos, prima de Dalvina

 

Renata lamentou a morte da prima, mas disse que é preciso agradecer pelas vidas da família que foram salvas.

 

"Seriam seis e graças a Deus a neta de três anos e os filhos saíram com vida. É agradecer e louvar ao senhor pela vida dos que ficaram."

 

 

A presidente da associação de moradores do Morro da Boa Esperança, Clemilda Santos, esteve no Cemitério do Maruí na manhã desta segunda-feira. Ela lamentou a perda de amigos e disse que a preocupação agora é dar apoio às famílias das vítimas.

 

"Está todo mundo passando por um momento de dor. A nossa preocupação é se preocupar com a dor dos familiares. Não perdemos apenas moradores, perdemos amigos. Moro há 23 anos na Boa Esperança, conheço todos os moradores. São crianças que coloquei no meu colo que forma vítimas. Está todo mundo sofrendo, inclusive eu", relatou Clemilda.

 

"A Dalvina é minha amiga há 23 anos. Já morava ali desde sempre. O filho dela está num estado lastimável", completou a presidente da Associação.

 

Planos de mudança


A vendedora Tatiana Martins das Silva conheceu Marta na igreja. Segundo ela, a vitima já estava se preparando para sair da comunidade.

 

"Ela sempre falava da pedra que a qualquer momento ia rolar e ia cair ali. Era um medo dela. Ela sabia, ela sempre falou, tanto que eu soube ontem que ela estava preparando a mudança pra ir embora", relatou a amiga de Marta.

 


"Era uma pessoa boa, da igreja. Não tinha filhos, não tinha marido, morava sozinha. O projeto dela era sair dali e montar uma lojinha de ração. Ela adorava animais", disse Tatiana.

 

Dois em hospitais


Na manhã desta segunda, dois homens que ficaram feridos na tragédia permaneciam internados. Um deles estava no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, e outro no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo.

 

Na manhã de domingo também foram encerradas as buscas por pessoas soterradas. Onze das 15 vítimas foram enterradas até o fim do dia.

 

 

Fonte: G1

 

 

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