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10/07/2018 10:39
Justiça
Mulher acusada de mandar executar o marido em 2012 vai a julgamento
Outras duas pessoas também são julgadas na 9ª Vara Criminal; acusação defende tese de homicídio duplamente qualificado
/ FOTO: TATIANNE BRANDÃO

Sentam no banco dos réus, nesta terça-feira (10), no Fórum do Barro Duro, Marineide Leite Cavalcante de Almeida, Jedson da Silva Ferreira e Josivênio Manoel dos Santos, acusados de matar José Roberto Cavalcante de Almeida, 44 anos, esposo da ré, em julho de 2012. Marineide é apontada como autora intelectual do crime. Os réus são acusados de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe.


À época, o homicídio causou grande repercussão, já que Marineide teria tramado a morte do marido, contratando os demais acusados pelo valor de R$ 3 mil para executar o crime. O motivo seria ciúmes, pois a vítima havia se separado da esposa e já estaria em outro relacionamento.

 

No julgamento presidido pelo juiz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal, o Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor Leonardo Novaes, decidiu pedir a condenação dos réus por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, que seria a emboscada praticada no dia do crime. Segundo o promotor, o MP deve provar que os réus atuaram em conjunto para praticar o fato criminoso que resultou na morte.

 

"Vamos atuar de forma imparcial, visando provar os fatos que estão nos autos. São três réus, sendo a senhora Marineide, o senhor Josivênio e o Jedson, que estão sendo acusados de homicídio, tendo sido praticado em 2012, com a acusada a agenciar os outros réus, que teriam atuado para que o crime acontecesse. Tudo indica que o estopim foi a relação da vítima com uma nova pessoa, após a separação, e a ré não gostou da situação, articulando esse assassinato", explicou o promotor de Justiça.

 

Por sua vez, a defesa de Marineide, representada pela advogada Lucila Vicentin, disse que vai pedir a negativa de autoria. Lucila ressaltou que, durante o processo, foram percebidas muitas inconsistências, contradições e o indício de uma ilegalidade ocorrida na investigação.

 

"Isso é algo reprovável da nossa polícia. Nós vamos provar a negativa de autoria, haja vista que não tem elementos; ao contrário, existem declarações e indício de uma fraude processual no autos. Então, nós vamos provar, isso é, Deus queira que tenhamos condições de demonstrar para os juntados. A minha cliente é inocente", declarou a advogada.

 

Os demais réus são representados pelo defensor público Ryldson Martins. Ao todo, serão ouvidas, em juízo, nove testemunhas. A primeira delas a ser inquirida foi o irmão da vítima, Cícero Cavalcante. Bastante emocionado, ele relatou que ficou sabendo do fato através do delegado Cícero Lima, que fez a investigação policial. Segundo ele, a família não imaginava que a ré tivesse praticado o crime.

 

"Não estou aqui para julgar nem condenar ninguém. Eu queria que não fosse ela. Não existe um motivo lógico para que a Marineide tivesse matado ele. José Roberto era empresário, não tinha inimigos e, na época, estava começando a se reerguer. Não sei se foi ciúme, porque ele deixou ela por uma menina mais nova. Eu não sei o motivo real", comentou Cícero, acrescentando, no entanto, que a vítima já estava separada de Marineide quando se envolveu com outra mulher.

 

RELEMBRE O CASO

 

O casal, que viveu junto durante 22 anos e teve dois filhos, estava em vias de separação após o empresário ter saído de casa, passando a morar provisoriamente na residência dos pais, no bairro do Antares, e iniciado um relacionamento com uma adolescente.

 

Marineide teria ficado insatisfeita com a situação e, no dia 16 de junho de 2012, levou os filhos para a casa do sogro, e, momentos depois de sair, fez uma ligação para o marido, alegando que estaria sendo agredida. José Roberto saiu e, quando passava pela calçada de um estabelecimento comercial na Serraria, foi atingido por um tiro de espingarda calibre 12.

 

 

 

 

Fonte: Rádiogazetaweb.com

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