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Com uma nova praga, o amarelamento letal do coqueiro, ameaçando chegar ao Brasil, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e a Embrapa/ Tabuleiros Costeiros, realizaram na terça-feira (29) uma palestra preventiva com o doutor Michel Doller, diretor do Centro Francês de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento Internacional (Cirad).
O encontro, realizado na sede da Federação da Agricultura e Pecuária no Estado de Alagoas (Faeal), contou com a presença de dirigentes, técnicos e demais representantes do setor agropecuário alagoano, em especial, da cadeia produtiva do coco.
De acordo com Doller, que é especialista na praga, uma planta com a doença morre em menos de seis meses, não havendo cura e nem produtos ou agrotóxicos para o tratamento.
“No Caribe, houve locais onde a perda foi de quase 100% das plantações. A praga atinge desde um simples coqueiro no quintal de casa até cultivos comerciais. Se a planta tem a doença, ela morre. Ela se espalha rápido e mata a planta muito rápido também”, alertou o especialista francês.
Apesar de ser encontrado, principalmente, em coqueirais, mais de 30 espécies de palmeiras também são suscetíveis a praga. Letal a planta, ela não causa qualquer problema a saúde humana e animal.
“A preocupação do Governo do Estado é trabalhar para manter o nosso coqueiral livre de qualquer doença. Para isso, a defesa agropecuária da Adeal tem trabalhado intensamente. É uma ação desenvolvida em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, Federação da Agricultura e Embrapa, além do Ministério da Agricultura”, afirmou o secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Álvaro Vasconcelos.
As principais características da doença são: queda repentina dos frutos; amarelamento das folhas; progressão do amarelamento das folhas de baixo para cima, entre outras. Já no estágio final da doença, ocorre o apodrecimento e morte da planta, permanecendo apenas o troco.
“Foi uma palestra preventiva para conscientizar e ajudar a preservar os nossos coqueirais. A praga causou sérios danos à cultura do coco nos países onde ela se instalou. No Brasil, não há informações de focos da doença”, declarou Rui Alves, presidente da Adeal.
A praga, que tem alta capacidade de disseminação, é classificada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como uma praga quarentenária ausente.
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