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A cultura da soja amplia seus espaços em Alagoas no ano de 2018. De acordo com dados da Comissão de Grãos do Estado, o plantio de soja vai passar de pouco mais de 350 hectares em 2017 para mais de mil hectares este ano. Essa área pode ser ainda maior, de acordo com o secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Antônio Santiago, e com o presidente da Comissão de Grãos, o superintendente da Seagri Hibernon Cavalcante.
A vinda de produtores de outros estados e a perspectiva de aumento da área plantada por produtores locais de soja, segundo a Seagri, já confirma pelo menos mil hectares de plantio neste ano. “Podemos adiantar que a expectativa para este ano é aumentarmos a área plantada com soja com a vinda de alguns produtores da Bahia, do Mato Grosso e de Goiás, que nos procuraram. Alguns deles já fecharam parcerias com áreas de usinas de cana-de-açúcar e de produtores locais para plantar soja em Alagoas. Ainda temos produtores de outras culturas oferecendo áreas para o plantio de soja. Não sei se chegamos a quatro mil hectares, mas teremos um aumento significativo”, diz Cavalcante.
“Na última reunião da Comissão de Grãos, alguns produtores do Estado já anunciaram que vão aumentar a área plantada com soja. Em Porto Calvo, onde eram plantados 50 hectares, hoje está se falando em 200 hectares. Um produtor do Mato Grosso arrendou uma área no Agreste e vai plantar 500 hectares. Na região de Campo Alegre e Teotônio Vilela, apenas um produtor vai plantar entre 500 e 600 hectares de soja. Só com esses, já passamos de mil hectares”, calcula o secretário Antônio Santiago.
Até 2014, não havia registro do plantio de soja em Alagoas desde a década de 90, quando o cultivo ocorreu de forma experimental. Em 2015, a partir da criação da Comissão de Grãos idealizada pelo Governo de Alagoas, em parceria com a Embrapa, os produtores alagoanos foram incentivados a plantar a soja como alternativa à crise do setor sucroenérgetico. Naquele ano, foram cultivados pouco mais 200 hectares de soja, com uma produção de 800 toneladas.
Em 2017, o Estado promoveu o cultivo da soja em 354 hectares de terra, com uma produção de aproximadamente 1.200 toneladas. Com o aumento exponencial da área plantada, a expectativa é de que a colheita de soja em Alagoas em 2018 seja a maior já registrada no Estado.
O secretário Antônio Santiago lembra ainda que a previsão meteorológica para 2018 também poderá beneficiar a safra de grãos em Alagoas. “O ano de 2017 foi um ano bom com relação às chuvas. Em termos de volume total, foi muito bom, mas, com relação à época em que essa chuva ocorreu, foi um pouco prejudicial, porque logo quando instalamos as lavouras veio muita chuva e tudo em excesso prejudica. Para este ano, nossa expectativa é boa. Segundo a Universidade Federal de Alagoas, vamos ter um ano com chuvas normais, com tendência para chuvas acima da média”, afirma Santiago.
Milho e outras culturas
Segundo o presidente da Comissão de Grãos, o grupo deverá trabalhar ainda o aumento da produtividade do milho por hectare plantado em Alagoas, a partir da melhoria no nível tecnológico da produção. Em 2014, a produção de milho no Estado não passou das 25 mil toneladas. Em 2015, essa produção subiu para 60 mil toneladas e variou entre 65 mil e 70 mil nos anos seguintes.
“No ano passado, produzimos em torno de 70 mil toneladas de milho, de acordo com dados do IBGE, e algo terno torno de 230 mil toneladas de silagem. Foi um crescimento significativo. Nossa tendência é a melhoria da produtividade. Devemos ter este ano entre 70 mil e 100 mil hectares de milho plantado. O que a gente espera é o incremento da produtividade com um melhor nível tecnológico, o plantio de uma semente melhor, um adubo melhor. Os bancos estão abertos para empréstimos aos produtores, então a expectativa é bastante boa. Nossa produtividade em 2017 ficou em mil quilos por hectares. Estávamos em 640, 650 quilos. Houve um incremento, mas isso pode crescer mais”, avalia Hibernon Cavalcante.
Neste ano, a Comissão de Grãos pretende ainda ampliar o leque de atividades, incentivando também o aumento na produção de arroz e sorgo. “Devemos ter um plantio significativo de arroz de sequeiro, não irrigado. Isso é uma novidade para Alagoas, onde esse tipo de arroz não era trabalhado. Estamos negociando com a Embrapa para fazermos um trabalho demonstrativo ou de pesquisa com o arroz. No que diz respeito à demonstração, este ano não queremos ficar só com o milho e a soja, mas ampliar para outras culturas, como o sorgo”, afirma Cavalcante.
Em 2017, Alagoas registrou uma safra recorde de arroz com 2,8 milhões de toneladas colhidas, superando a média nacional de produtividade por hectare plantado.
Fonte: Ascom
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