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O corte no repasse das verbas ao Programa do Leite, anunciado pelo Governo Federal, já tem prejudicado a distribuição do leite de vaca e de cabra em Alagoas. Segundo o presidente da CPLA [Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas], desde o último final de semana que as cooperativas deixaram de produzir e, consequentemente, distribuir o produto às famílias assistidas pela iniciativa.
O programa teve uma diminuição no valor do repasse de R$ 30 milhões para R$ 10 milhões, com a metade deste valor sendo destinada às ações de 2018, enquanto a outra metade seria utilizada ao longo do primeiro semestre de 2019. Além disso, o Governo do Estado assinou um convênio que garante a continuidade do programa até 2019. A verba, no entanto, ainda não foi liberada.
De acordo com a assessoria da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), as equipes econômicas do governo do Estado estão tentando encontrar uma saída para manter o programa que beneficia diretamente 80 mil famílias.
A proposta das cooperativas que fazem parte do programa é de que o Estado entre com uma contrapartida no valor de pouco mais de R$ 3 milhões para os meses de agosto, setembro e outubro, num total de quase R$ 10 milhões, para manter o funcionamento do programa até novembro deste ano.
"Precisamos dessa ajuda do governo no valor de R$ 10 milhões. É uma forma de garantir o programa até conseguirmos que mais verbas cheguem. Para manter essa cadeia produtiva, é importante que o estado coloque essa contrapartida", afirmou o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro.
Somente após as eleições haverá o repasse das verbas no valor de R$ 5 milhões para o segundo semestre de 2018, e as cooperativas esperam uma nova contrapartida do Estado, pelo menos, até junho do próximo ano. Os outros R$ 5 milhões serão destinados a manutenção das atividades de 2019.
A proposta será debatida numa reunião entre produtores de leite, as cooperativas que fazem parte do Programa do Leite, donos de laticínios e o secretário de Agricultura, Antônio Santiago. A assessoria afirma, no entanto, não saber se a proposta vai ser mantida ou se novas ideias serão lançadas para que o programa não sofra com a redução. "O governo pode aceitar nossa proposta ou dar a contrapartida que quiser".
Aldemar Monteiro disse que as cooperativas estão preocupadas com o corte na verba que pode resultar no fim do programa. "É um grupo muito grande que faz parte do Programa do Leite. Para muitas pessoas, essa é a única fonte de renda. Por isso, estamos na expectativa. Esse final de semana já não tinha leite para entregar, infelizmente. Essa situação só será regularizada quando o Governo do Estado liberar a verba", lamentou.
Durante a reunião, representantes das cooperativas e cerca de 500 produtores de leite entregarão um documento ao secretário de Agricultura pedindo a continuidade do programa. "Será um grande movimento pacífico entre produtores e beneficiários do Programa do Leite", garantiu o presidente.
Fonte: rádiogazetaweb
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