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Editorias

23/02/2018 11:01
Agricultura
Governo realiza pregão para aquisição de sementes nesta sexta-feira (23)
Estado planeja comprar pelo menos 1,25 milhão de toneladas de sementes que serão distribuídas a pequenos agricultores em 2018

O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), realiza nesta sexta-feira (23) o pregão eletrônico para aquisição de pelo menos 1,25 milhão de toneladas de sementes a serem distribuídas em 2018 para pequenos agricultores de Alagoas.

 

 

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Antônio Santiago, as sementes devem beneficiar cerca de 70 mil famílias de agricultores familiares. Serão adquiridas sementes de arroz, feijão, milho e sorgo. “Nós vamos atender praticamente todo o Estado. Isso vai depender muito da demanda, mas o número de famílias beneficiadas passa das 70 mil, ligadas as associações e sindicatos rurais”, disse.

 

 

“O processo de licitação para aquisição das sementes que serão distribuídas em 2018 está praticamente concluído e a nossa expectativa é realizar esse certame nesta sexta-feira, dia 23. Serão adquiridas 1.250.000 toneladas, mesma quantidade distribuída em 2017. Pode haver uma oscilação nessa quantidade, porque o volume de recursos do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) para essa aquisição é fixo, mas, se o preço apresentado pela empresa vencedora da licitação for menor, podemos aumentar a quantidade de sementes”, explicou Santiago.

 

 

Segundo o secretário, a compra deste ano deverá contemplar uma demanda de diversos setores da agricultura, com a distribuição das chamadas sementes “crioulas”.

 

“Este ano, o diferencial é a abertura de um crédito para compra de sementes crioulas. Essas sementes eram uma reivindicação de alguns setores da agricultura familiar, para que a gente tivesse recursos para formar bancos dessas sementes. Isso foi atendido”, destacou.

 

 

 

“As sementes crioulas são mais tradicionais, que já vêm de geração para geração, que passaram por um processo de seleção dos próprios produtores. Eles vêm selecionando os melhores materiais adaptados para as condições deles. As sementes comerciais, em sua maioria, são oriundas de processos de melhoramento genético, nos programas de melhoramentos de várias instituições públicas ou privadas. Dentro disso, nós temos uma preocupação em fazer variedades. Nós podemos ter variedades e híbridos. Os híbridos nós não podemos guardar para sementes. Ele perde o vigor. As variedades mantêm o potencial genético delas. E existem as sementes geneticamente modificadas. Essas nós não compramos para distribuição entre os pequenos produtores”, afirmou o secretário.

 

 

Santiago ressalta ainda que, neste ano, o Governo de Alagoas vai redobrar os esforços na fiscalização da distribuição das sementes por parte das prefeituras, associações, cooperativas e sindicatos de pequenos produtores rurais, responsáveis pela apresentação de demandas e entrega final das sementes aos agricultores beneficiados.

 

 

“Uma coisa que nós vamos implementar este ano é um mecanismo de acompanhamento dessa distribuição que é feita pelas prefeituras, associações e sindicatos rurais. Vamos procurar saber o que essas entidades vão fazer com as sementes, porque algumas distribuem para o maior número de pessoas apenas uma pequena quantidade, meio quilo, um quilo para cada produtor, por exemplo. E outras preferem distribuir em uma área que realmente produz os grãos. Então, queremos saber quais os municípios onde haverá maior impacto com a forma de distribuição”, afirmou o secretário.

 

 

“Esse programa é extremamente viável. No caso do arroz tivemos um ótimo exemplo disso no ano passado. Nós fomos na colheita e os produtores estavam todos empolgados. O governo distribuiu as sementes, tivemos água de qualidade e conseguimos fazer uma adubação. Com isso, a produtividade foi lá pra cima. Então, precisamos ter esse retorno sobre a sistemática da distribuição para termos certeza de que a semente está chegando em quem deve chegar”, garantiu Santiago.

 

 

 

Fonte: Agência Alagoas

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